A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) solicita que os profissionais de saúde notifiquem à instituição eventuais reações adversas graves em mulheres que tomam anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona, mesmo que as reações estejam descritas em bula. As pílulas com a substância são conhecidas no mercado brasileiro pelas marcas Yaz e Yasmin.
As notificações devem ser feitas pelo sistema Notivisa, disponível no site da Anvisa. Esse acompanhamento mais atento se deve à publicação de estudos recentes no British Medical Journal e no site da agência norte-americana para medicamentos e alimentos, o FDA (Food and Drugs Administration).
O estudo divulgado pelo FDA nesta quarta-feira sugere um risco aumentado de formação de coágulos sanguíneos, de trombose venosa e tromboembolia pulmonar. Dois artigos publicados no British Medical Journal (BMJ) levantaram a mesma questão.
As pacientes em uso de anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona devem seguir todas as recomendações do médico que as acompanha. É importante comunicar imediatamente ao médico caso desenvolvam reações adversas durante o uso, mesmo que as reações constem da bula.
Em observação
A Anvisa informa aos profissionais de saúde e pacientes que ainda não concluiu parecer definitivo sobre os medicamentos, mas permanece acompanhando o assunto.
No momento a posição da Anvisa é favorável ao uso, desde que utilizados sob supervisão médica e de acordo com as orientações contidas na bula.
Estudos publicados anteriormente, em 2007 e 2009, também abordaram o risco de coágulos sanguíneos em mulheres que usam pílulas anticoncepcionais contendo drospirenona. Entretanto, esses estudos tiveram resultados conflitantes.
Fonte: UOL