O câncer de cólon e do reto ocupa, no Brasil e nos países desenvolvidos, a quarta posição nas estatísticas de incidência de doenças malignas atrás apenas do câncer de pulmão, mama e próstata.
Os principais fatores de risco são idade acima de 50 anos, dieta rica em gordura e pobre em frutas, ingestão calórica extrema, com alto consumo de gordura e carne, enquanto a ingestão de frutas e verduras, legumes e fibras podem ser protetores. Alguns pacientes apresentam risco elevado desse câncer, incluindo portadores de doenças inflamatórias intestinais crônicas (colite ulcerativa, colite de Crohn), história pessoal ou familiar de câncer colorretal e pólipos adenomatosos.
O câncer colorretal no seu estado precoce não produz sintoma. A maioria dos sintomas costuma ser pouco específico. Por isso, os esforços na detecção por meio do rastreamento são essenciais. Sintomas mais freqüentes são dor abdominal, constipação ou diarréia, presença de muco nas fezes ou anemia com deficiência de ferro. Em fase avançada, sintomas mais alarmantes podem ocorrer como perda de peso, fadiga, obstrução, sangramento ou perfuração.
O sangramento pode ser agudo, aparecendo como sangue vivo nas fezes ou em menor quantidade sendo detectado no exame de sangue oculto nas fezes. Doenças benignas também podem se manifestar com sangramento nas fezes como hemorróidas e fissuras anais, dificultando ou retardando o diagnóstico do câncer.
O diagnóstico deve ser feito através do exame clínico minucioso, hemograma, colonoscopia para diagnóstico histológicos além de tomografias de abdome e pelve para detectar possíveis metástases. O principal sítio de disseminação da doença ocorre para o fígado, que deve ser sempre avaliado.
Cerca de 90% dos pacientes com câncer de cólon e 84% dos pacientes com câncer retal são tratados cirurgicamente e, na maioria dos casos, com fim curativo. Alguns pacientes com estágios mais avançados necessitavam de tratamento complementar com quimioterapia e radioterapia (nos casos do reto) adjuvante.
O rastreamento do câncer colorretal pode ser feito com pesquisa de sangue oculto nas fezes, na maioria da população em torno de 50 anos ou com colonoscopia. Para pacientes que tenham alto risco de adquirir a doença como os portadores de síndromes hereditárias ou doenças inflamatórias crônicas geralmente a idade é mais precoce.
O importante é procurar o médico quando do surgimento de alteração no hábito intestinal (constipação e diarréia), sangramento nas fezes e dores abdominais persistentes. O Hospital São Marcos, como maior centro de referência oncológico, está preparado para realizar todos os exames de rastreamento, além do tratamento padrão ouro com cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
O câncer de cólon e reto tem cura!
Dra. Mariella de Almeida Melo – CRM: 3620
Médica Oncologista do Hospital São Marcos
Dr. Fidelis Manes Neto – CRM: 3717
Cirurgião Oncológico do Hospital São Marcos
Diretor de Serviços Médicos - Centro Cirúrgico