O melanoma é o câncer mais agressivo, reduzindo consideravelmente as chances de sobrevivência dos doentes, e atinge grande parte da sociedade, segundo o doutor Manuel Fernández Lorente, responsável pela Unidade de Diagnóstico Precoce e Tratamento de Câncer de Pele da Clínica da Luz de Madri. Um em cada três cânceres detectados na Espanha, por exemplo, é de pele, e a incidência destes tumores cresceu 4% por ano entre 1986 e 1996. O melanoma é extremamente mortal, porque se estende aos gânglios linfáticos, reduzindo as possibilidades de sobrevivência em 30% ou 40%. Se chegar a órgãos como o fígado ou o cérebro, pode reduzi-las em 10%. Em comunicado, o médico afirma que aproximadamente a metade das pessoas com mais 65 anos desenvolverá um câncer de pele, e 25% sofrerá com mais de um ao longo de sua vida. Para o especialista, para evitar a doença, a prevenção é o melhor tratamento, porque "o diagnóstico precoce é um aspecto crítico na cura do melanoma". "Se o tumor for detectado rapidamente, pode ser extirpado cirurgicamente", mas se estiver avançado, é uma doença incurável, que causa uma mortalidade superior a 90%" devido à sua grande capacidade de gerar metástases. Primeiro, aos gânglios linfáticos, e, depois, ao fígado, aos ossos e ao cérebro. De acordo com Fernández Lorente, nesses casos, "as possibilidades de radioterapia e quimioterapia não são efetivas". Por isso, o especialista recomenda detectar de forma precoce o melanoma e realizar controles digitalizados das manchas a cada ano. Em sua opinião, esses controles devem ser feitos a cada seis meses, no caso das pessoas com antecedentes familiares ou pessoais de melanoma, com pele e olhos claros ou com mais de 50 machas no corpo. Para o médico espanhol, a melhor maneira de prevenir o melanoma é evitar a exposição prolongada ao sol, principalmente nas horas com maior incidência de raios ultravioleta (das 12h às 17h), aplicar protetor solar sempre que estiver ao ar livre, utilizar óculos-escuros, chapéus ou bonés e camisas de manga comprida.