A palestrante é presidente da APPEM( Associação Piauiense dos Portadores de Esclerose Múltipla), entidade existente há 10 anos e que tem como objetivos:
Conhecer os portadores de Esclerose Múltipla e suas necessidades;
Esclarecer os pacientes e seus familiares sobre a doença e seus direitos;
Divulgar informações sobre a doença e os tratamentos disponíveis
Aproximar os portadores de Esclerose Múltipla, estabelecendo assim uma troca de experiência entre eles.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune e a melhor forma de entender o significado dessa expressão é conhecendo o funcionamento do próprio sistema imunológico.
Estudos demonstram que a doença é mais frequente em populações localizadas nas zonas temperadas da Terra, aproximadamente de 40 a 60 graus de latitude ao norte e ao sul do planeta. No Brasil, calcula-se que a prevalência da doença seja de 10 casos para cada 100 mil habitantes.
?A esclerose múltipla se caracteriza por focos de desmielinizarão no sistema nervoso central- o que inclui cérebro, tronco central e medula espinhal. Em outras palavras, os neurônios perdem progressivamente a bainha de mielina que os recobre?, explicou a coordenadora.
?A medida que esse revestimento se degenera, a transmissão dos impulsos nervosos fica mais lenta e os sintomas, mais evidentes. Se a doença não for contida, a lesão do axônio é inevitável e também irreparável. Essa desmielinização não ocorre de forma homogênea, mas em focos localizados principalmente em áreas motoras e sensoriais?, conclui.
A doença é progressiva e não tem cura. Quase tudo é imprevisível, a começar pelos sintomas, que se manifestam em surtos de intensidade e duração variáveis e podem incluir visão embaçada, fadiga, espasmos musculares, falta de equilíbrio, dormência em qualquer parte do corpo, urgência ou incontinência urinaria, problemas de memória, dificuldades na fala, entre outros.
?Como é passageiro, a maioria das pessoas não dá importância e não procura o médico. Alguns acham que é culpa do stress?, disse a coordenadora.