Promissoras descobertas sobre a redução da produção de uma importante proteína cerebral nos ratos podem levar a novos tratamentos para o mal de Alzheimer, de acordo com cientistas americanos que publicam sua pesquisa na revista Science. O Instituto Gladstone de Medicina Neurológica, de San Francisco, descobriu que uma redução das proteínas Tau pode impedir as perdas de memória e outros sintomas da doença. Os resultados dessas pesquisas podem levar a tratamentos complementares nos casos mais comuns de demência. A Tau é um marcador bioquímico da degeneração neurofibrilar e importante no transporte de substâncias químicas através da célula. "Parece que a redução da proteína Tau tem um efeito protetor sobre o cérebro", afirmou o diretor do Instituto Gladstone, Lennart Mucke, que coordenou o trabalho. Os pesquisadores reduziram pela metade a produção de proteína Tau no cérebro de ratos, desativando um gene produtor dela. Em outros ratos, toda a produção da proteína Tau foi eliminada. Descobriu-se, então, que uma taxa reduzida de proteína Tau permitiria aos ratos com Alzheimer viver normalmente, além de torná-los menos vulneráveis às crises de epilepsia. O mal de Alzheimer é uma demência progressiva com origens ainda desconhecidas e caracterizada por problemas de memória, fala e perda das funções intelectuais. Ainda incurável, esta doença mata no prazo de cinco a dez anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 28 milhões de pessoas seriam vítimas de demência, sendo o Alzheimer a forma mais disseminada.
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