Uma equipe internacional de cientistas identificou uma variante de um gene que não responde normalmente à insulina e que eleva o risco de diabetes do tipo 2. O estudo, publicado hoje na Internet pela revista científica britânica Nature, revela que uma variante do gene CDKAL1 está vinculada a esse tipo de diabetes, relacionada com a herança genética e outros fatores, como má alimentação, obesidade e fumo. A função do gene CDKAL1 ainda é desconhecida. Os cientistas especulam que ele tenha um papel na inibição da proteína CDK5/35, existente nas células do pâncreas. A insulina, que é secretada pelo pâncreas, ajuda as células a transformar a glicose em energia. A resistência, identificada neste novo gene, ocorre quando os músculos e as células hepáticas não aproveitam a substância de maneira adequada. Dirigidos pelo islandês Valgerdur Steinthorsdottir, os cientistas descobriram o risco criado pela variante a partir de uma pesquisa que começou na Islândia. Eles compararam as freqüências de centenas de milhares de variantes genéticas em indivíduos sadios e as de pacientes diabéticos. Também foram analisadas mostras extraídas de populações dinamarquesas, holandesas, descendentes da dinastia chinesa Han e do oeste da África, os que mais apresentaram a variante do gene. A pesquisa concluiu que quem tem duas cópias da variante do gene está exposto a um risco superior de desenvolver diabetes. A sua resposta à insulina é 20% inferior à do grupo com uma única variante ou sem nenhuma. O diabetes do tipo 2 é muito mais comum que a do tipo 1, que costuma afetar crianças e representa apenas 5 a 15% dos casos. O tipo 2 em geral começa a se manifestar depois dos 40 anos.
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