Descoberto novo tratamento para câncer de próstata
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A utilização do isótopo radioativo 223 em um estudo para comprovar sua eficácia no tratamento de pacientes com câncer de próstata refratário à hormonioterapia constatou "resultados promissores", segundo um artigo publicado na edição online da revista britânica The Lancet. O câncer de próstata hormônio-refratário (CPHR) é, segundo os médicos, o tumor que apresentou progressão, apesar da remoção dos hormônios androgênicos testiculares, por castração ou bloqueio androgênico máximo. Os pacientes que sofrem deste tipo de câncer possuem sintomas como dor nos ossos, compressão da medula espinhal e fraturas patológicas, acrescenta o relatório. Segundo o estudo, os tratamentos empregados para curar os problemas nos ossos, como o uso dos isótopos radioativos que emitem partículas beta com estrôncio 89, reduzem a dor do paciente. Um grupo de cientistas do Instituto para a Pesquisa do Câncer e do Hospital Royal Marsden de Sutton, no Reino Unido, liderado pelo doutor Christopher Parker, acompanhou 64 pacientes que sofriam desta doença. O tratamento se baseou no radioisótopo 223, que emite radiações alfa, que são ao mesmo tempo mais potentes e produtivas que as beta. Parker e seus colegas avaliam que esse tipo de tratamento teria um efeito maior no combate dos tumores. Inicialmente, os pacientes foram divididos em dois grupos de forma aleatória. Os especialistas submeteram, então, o primeiro grupo, de 33 pessoas, a radioterapia com feixes externos e a quatro injeções de rádio-223. O outro grupo recebeu as mesmas doses de radioterapia, além de um placebo. Nos pacientes que receberam o rádio-223 foi detectada uma diminuição de 66% em seus níveis de fosfatase alcalina óssea, considerada um sinal desse tipo de câncer. Além disso, o período de sobrevivência observado nos pacientes tratados com rádio-223 foi 41% superior ao das pessoas do grupo que receberam apenas o placebo.
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