Causa da morte de 40 mil brasileiros por ano, a DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – é um dos problemas respiratórios que mais afetam a qualidade de vida dos pacientes. Nesta quinta-feira, dia 17, é lembrado o Dia Mundial da DPOC e pensando em seus clientes, o Hospital São Marcos ofereceu palestra sobre a doença no hall do ambulatório da instituição em Teresina.
Em estágios avançados, a doença limita hábitos rotineiros como subir escadas, tomar banho e até falar, além de levar os pacientes a internações frequentes ocasionadas pelas exacerbações, crises caracterizadas por tosse, produção de catarro e falta de ar. A médica pneumologista do Hospital São Marcos, Tatiana Malheiros, explicou aos pacientes presentes que o cigarro é responsável por 90% dos casos de DPOC, que se manifesta pela associação do enfisema pulmonar com a bronquite crônica e afeta principalmente fumantes ou ex-fumantes com mais de 40 anos.
“Cessar o tabagismo é o primeiro passo para controlar a progressão da DPOC e restabelecer a saúde dos portadores da doença, que sofrem com sintomas como falta de ar e tosse”, afirmou a médica. Após a cessação do tabagismo, recomenda-se um tratamento multidisciplinar, estruturado em quatro pilares: reabilitação pulmonar, terapia medicamentosa, oxigenioterapia e suplementação alimentar, dependendo do estágio da doença.
No caso da terapia medicamentosa, o acesso aos broncodilatores pelos pacientes é fundamental para o controle da doença. Esses medicamentos promovem a broncodilatação sustentada das vias aéreas, proporcionam a melhora dos sintomas, ampliam a tolerância às atividades diárias e aos exercícios físicos, além de reduzirem as crises que o paciente com DPOC tem constantemente.
Sobre o Dia Mundial da DPOC
O Dia Mundial da DPOC é um evento anual de sensibilização organizado e patrocinado pela Iniciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (GOLD).
Sobre a DPOC
A DPOC é uma doença pulmonar progressiva e irreversível, resultando na dificuldade em respirar. A doença caracteriza-se por episódios graves de deterioração, denominados exacerbações ou ataques de pulmão - muitas vezes piores nos meses de inverno.
De acordo com as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80 milhões de pessoas têm DPOC de moderada a grave em todo o mundo. Mais de 3 milhões de pessoas morreram de DPOC em 2005, o que corresponde a 5% de todas as mortes globalmente. A OMS prevê que as mortes totais da DPOC podem aumentar em mais de 30% nos próximos 10 anos, caso não sejam tomadas medidas urgentes para reduzir os fatores de risco subjacentes, especialmente o tabagismo.