Hepatite é o nome dado a toda doença que causa inflamação no fígado. As causas podem ser várias, desde micro-organismos, como os vírus, até o consumo excessivo de bebida alcoólica ou o uso de alguns tipos de medicamentos.
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, elas podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.
Dados da OMS apontam que as complicações das hepatites causam a morte de cerca de 1,4 milhões de pessoas a cada ano. No Brasil, números do Ministério da Saúde apontam que aproximadamente de 16 mil pessoas fazem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contra a hepatite do tipo C, vírus com menor possibilidade de eliminação do organismo.
É necessário manter em dia os exames de rotina que podem identificar o vírus. Um simples exame de sangue pode detectar a doença.
No Centro de Vacinação do Hospital São Marcos existe a vacina contra a infecção da hepatite A e B, além do serviço de imunização com a conhecida qualidade São Marcos.
CONTÁGIO E PREVENÇÃO
A hepatite A é transmitida através da ingestão de água ou alimentos contaminados, sendo mais frequente em crianças de 5 a 13 anos. Para evitar a contaminação, é necessário lavar bem os alimentos crus e deixá-los de molho em solução preparada com água sanitária. Lavar as mãos após o uso do banheiro, antes do preparo das refeições e antes de se alimentar também é fundamental para se prevenir contra o vírus.
Para a hepatite B existe vacina disponível nos postos de saúde. Crianças e jovens de até 20 anos devem tomar as três doses da imunização. A vacina também é indicada para profissionais de saúde, manicures, bombeiros, policiais, hemofílicos, pacientes que fazem hemodiálise ou grupos de comportamento de risco. Pode-se pegar o vírus em contato com sangue ou tecido contaminado ou em relações sexuais desprotegidas.
Apenas os portadores da hepatite B podem ser infectados com o vírus do tipo D. As formas de contágio são as mesmas, mas o vírus D só se manifesta se já houver a contaminação pela hepatite B.
O tipo C é o que tem mais chance de se tornar crônico. Apenas 20% das pessoas que se contaminam conseguem eliminar o vírus nos seis primeiros meses; 80% das pessoas terão hepatite C crônica, podendo desenvolver quadros de cirrose, icterícia, inchaço, alterações no sangue e câncer no fígado. As formas de contágio são semelhantes às dos tipos B e D.
Nos três casos é importante não compartilhar agulhas, seringas ou objetos cortantes. É preferível frequentar salões de beleza onde são esterilizados de maneira correta navalhas e alicates. Sessões de acupuntura, piercings e tatuagens devem ser feitos em ambientes estéreis e só com materiais descartáveis ou estéreis.
Outra forma de transmissão da hepatite é da mãe para o bebê. Pode acontecer o contágio durante o parto ou aleitamento. Por isso a gestante deve fazer o acompanhamento pré-natal e manter os exames em dia. Caso a mãe tenha o vírus, o aleitamento não é aconselhado.
Existe tratamento para as formas crônicas de hepatite, mas o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e controle da doença. Nas formas agudas das hepatites do tipo A e E, o tratamento é eficaz, o índice de cura e eliminação do vírus é muito alto.
As formas agudas de hepatite tipos B, C e D não possuem tratamento. O que é feito é o controle dos sintomas através de medicação e repouso. O próximo passo é controlar a doença e tomar medidas que visam impedir o aparecimento da cirrose e do câncer.
*Este texto publicado no site do Hospital São Marcos tem caráter informativo e não substitui a consulta médica.