Tida como base do Sistema Único de Saúde (SUS), a rede filantrópica de saúde no Brasil atende a 70% da alta complexidade e é importante suporte aos pacientes que necessitam de tratamento nas mais variadas especialidades. Em 20 de outubro, celebra-se o Dia Nacional da Filantropia, área que, no cuidado à população, conta com 1.824 Santas Casas e hospitais sem fins lucrativos.
Essas instituições atenderam, em 2020, mais da metade dos casos de Oncologia, por exemplo. No ano passado, o setor filantrópico foi responsável por atender 60,67% de internações de pacientes oncológicos pelo SUS, em todo o país, enquanto a administração pública registrou 31,22% . Já nos atendimentos cardiológicos, as entidades filantrópicas atenderam a 47,67% da demanda SUS e os hospitais da administração pública realizaram 45,47% dos atendimentos.
“O SUS é reconhecido pelo desempenho no atendimento ao povo brasileiro, sobretudo às pessoas mais carentes, e os hospitais filantrópicos têm papel valoroso nessa estrutura. São quase 2 mil hospitais espalhados pelo Brasil e em muitas cidades representam a única alternativa de atendimento gratuito. A rede disponibiliza 127 mil leitos conveniados, com 24 mil deles de UTIs. Se não fossem essas entidades, o SUS, na área hospitalar, não existiria”, informa o presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Mirócles Veras.
Desde sua origem até o início das relações com os governos (especialmente na década de 1960), as Santas Casas foram criadas e mantidas pelas doações das comunidades. No Brasil e em outros países, também foram as responsáveis pela criação de alguns dos primeiros cursos de Medicina e Enfermagem. Atualmente, as Santas Casas são responsáveis pelo maior número de residências médicas, contribuindo com a formação dos profissionais da medicina.
Toda essa estrutura, no entanto, enfrenta dificuldades para a prestação de serviço, por falta de recursos, situação que foi agravada ainda mais pela pandemia, que elevou preços de insumos e aumentou a demanda.
A direção do Hospital São Marcos de Teresina-PI se uniu a CMB e aos outros hospitais filantrópicos do país, para juntos atuarem de forma intensa a fim de fortalecer o atendimento via SUS. “O Hospital São Marcos sente orgulho de ser Filantrópico e está sempre pronto para ajudar a quem precisa”, declara o Diretor Técnico e de Assistência Hospitalar, Dr. Marcelo Martins.
Outras informações sobre a atuação do setor filantrópico de saúde no país estão disponíveis no Position Paper, documento que possui dados do Brasil e por estado: https://cmb.org.br/downloads/2020/postion_paper_cmb_2019_2020.pdf
Fonte: Assessoria CMB - Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas