Nos últimos tempos, a sialoendoscopia, tratamento minimamente invasivo das glândulas salivares, tem ganhado espaço em todo o mundo, como sendo uma boa opção de tratamento das patologias das glândulas salivares com benefício de preservação dos órgãos e suas funções. Em Teresina, a equipe médica do Hospital São Marcos recebeu no dia 08 de junho o médico Higino Steck, cirurgião de cabeça e pescoço em Campinas/ SP, para realização do primeiro procedimento cirúrgico no Piauí.
Estudos apontam que aproximadamente 1.2% da população têm cálculos nas glândulas salivares e que mais de 69% dos pacientes que são tratados de câncer de tireoide com terapia por radioiodo apresentam problemas nas glândulas salivares, incluindo inflamações e fibroses.
O médico Luiz Bastos, cirurgião de cabeça e pescoço do HSM, explica que, em alguns casos, o tratamento com medicamentos são paliativos, não resolvendo definitivamente o problema, sendo então necessário a realização da sialoendoscopia. “ O Hospital São Marcos agradece a parceira com a empresa Tech Richards que possibilitou a vinda do Dr. Higino para auxiliar na primeira sialoendoscopia realizada no estado do Piauí. A completa remoção das glândulas traz grandes prejuízos, perda da função da glândula, grandes cicatrizes e a possibilidade de lesão ao nervo facial, trazendo paralisia permanente. Portanto, essa técnica promete revolucionar o tratamento dessas doenças, pois evita cirurgias maiores, preservando as glândulas e suas funções”.
O médico Higino explica que este foi um procedimento endoscópico simples feito nas glândula salivares submandibular e parótida. “Nessa cirurgia são retiradas as obstruções das glândulas salivares e o cálculo, preservando a glândula do paciente, um procedimento mais simples, eficaz e rápido”.
Desenvolvida na Suíça e Alemanha, a técnica da sialoendoscopia serve para exame e tratamento de doenças benignas das glândulas salivares. Trata-se de um procedimento que pode ser diagnóstico ou cirúrgico, em que se usa um mini endoscópio, de 0,75 a 1,6 mm de espessura, que é introduzido no ducto das glândulas salivares, podendo ser: sublingual, submandibular ou parótida, e permite, além de diagnóstico mais preciso, também a irrigação e o tratamento de patologias e cálculos das glândulas salivares.
“As patologias obstrutivas das glândulas salivares estão frequentemente associadas a uma considerável diminuição da qualidade de vida do paciente, devido ao aumento do volume do tecido, dor intensa e dificuldade de produção de saliva, dificultando a alimentação. As causas mais frequentes são os cálculos salivares e as inflamações crônicas”explica.
O diagnóstico de patologias obstrutivas das glândulas salivares é difícil e em média 10% dos casos não podem ser observados em métodos convencionais como ultrassonografias ou outros exames. A endoscopia das glândulas salivares consegue tornar visível diretamente qualquer alteração, representando um complemento valioso para este tipo de diagnóstico .
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