Uma pesquisa de opinião divulgada pelo Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP), no íníco do mês de julho, revela que 36,6% dos brasileiros não sabem que diagnosticar os cânceres de cabeça e pescoço nos estágios iniciais aumenta a probabilidade de um tratamento bem-sucedido. No Brasil, 40 mil novos casos são detectados a cada ano, e o diagnóstico precoce assegura até 90% de chance de cura.
Essas informações foram pontos de alertas importantes, durante todo o mês de julho, para os pacientes do Hospital São Marcos, dentro das ações da Campanha Nacional #JulhoVerde, sobre a conscientização desta doença que pode afetar regiões como cavidade oral, seios da face, faringe, laringe e tireóide. A culminância aconteceu nesta quinta-feira, 29, com a entrega de mais uma laringe eletrônica pela equipe multiprofissional do HSM.
“Estou muito feliz! Minha autoestima está pra cima”, declara o bombeiro hidráulico Anidosvaldo Dias, 63 anos, que passou três anos da sua vida sem conseguir falar em razão de um tumor na glote, especificamente na prega vocal esquerda. Emocionado, com o retono da fala, ele conversou por videoconferência com seu único filho, Adriano Dias, que reside em Brasília., quando recebeu o aparelho.
“É muito importante mantermos a comunicação. Estava muito difícil falar com meu pai, meu parceiro e meu companheiro. Agora ele vai poder sair, se comunicar e fazer tudo que não podia fazer antes. Quero agradecer a equipe médica e aos profissionais que o acolheram e acompanham nesse tratamento. Esse aparelho está fazendo toda a nossa família feliz”, afirma Adriano.
No Piauí, o aumento de novos é considerável. Em 2020, tivemos o aumento 100% no HSM. E até o momento, o registro é de um terço em relação ao ano passado. Em pacientes jovens, a infecção pelo HPV (papilomavírus humano) tem ampliado o número de novos casos de orofaringe devido a prática do sexo oral sem preservativos. Além disso, a utilização do narguilé (cachimbo de água utilizado para fumar tabaco aromatizado) e o consumo excessivo do álcool também têm correlação com o aumento do número de casos em jovens de 18 a 30 anos.
“Por isso, estamos aqui novamente para lembrar da prevenção, do diagnóstico precoce e do abandono dos maus hábitos de consumo do álcool associado ao tabagismo, responsáveis por grande parte dos tumores que tratamos aqui”, informa o cirurgião Luiz Bastos. “Na maioria das vezes, os tumores de cabeça e pescoço podem ser assintomáticos no início da doença, o que leva ao diagnóstico tardio. Por isso, fazer o diagnóstico das lesões iniciais é imprescindível para aumentar a probabilidade de cura”.
A fonoaudióloga Rayana Ferreira alerta para os sinais. “Manchas brancas na boca, lesões com sangramento ou cicatrização demorada, nódulos no pescoço, mudança na voz e rouquidão, dificuldade para engolir, dor de garganta que irradia para o ouvido, sangramento pelo nariz ou pela boca sem razão aparente, aftas ou feridas que não cicatrizam nos lábios, bochechas, línguas, amigdalas, descamação e sangramento”.
Participaram da ação, a equipe multiprofissional composta por diretores, médicos, fonoaudiólogas, assistentes sociais e nutricionistas que destribuiram materiais educativos. “Agradecemos aos pacientes que confiam nos profissionais da nossa instituição para fazerem seus tratamentos. Que a mensagem não fique só aqui, mas que consigam compartilhar com seus familiares e amigos a importância de se observar os sinais que podem salvar vidas, e que podem garantir que o tratamento seja feito da forma mais adequada possível e em tempo hábil”, fala a diretora Operacional HSM, Drª. Aline Pessoa.
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Claudia Bezerra - Assessoria de Comunicação e Marketing HSM (86) 99437 3913