O número de portadores do vírus HIV na Índia, considerada até então o país com o maior número de infectados no mundo, pode ser mais de dois milhões abaixo do estimado anteriormente, disseram autoridades neste sábado. A agência das Nações Unidas para a aids registra que a Índia tem 5,7 milhões de casos, seguida da África do Sul, com cerca de cinco milhões. No entanto, os dados indianos poderiam estar distorcidos por uma metodologia falha de coleta de informações. Um novo estudo, parcialmente financiado pelos Estados Unidos, indicou que a Índia teria cerca de três milhões de casos no máximo, afirmou à Reuters uma autoridade envolvida nos novos esforços indianos para controlar a aids. "É definitivamente menor do que quatro milhões e muito provavelmente menor do que três milhões", declarou a autoridade, que pediu anonimato. Sujatha Rao, chefe da organização governamental para o controle da aids, concordou que o número pode ser menor. "Os números são menores, eu não sei quanto." Representantes do governo, da área de saúde e de agências internacionais como a Organização Mundial de Saúde (OMS) devem se encontrar em Nova Délhi na primeira semana de julho para anunciar os novos números sobre o HIV. A Índia tem registrado os seus dados sobre a aids por intermédio de locais de vigilância, onde, durante quatro meses no ano, amostras de sangue são retiradas de grupos como mulheres grávidas, homens que têm relacionamento sexual com outros homens, prostitutas e usuários de drogas injetáveis. Contudo, autoridades argumentam que os pontos de vigilância dão uma idéia das tendências em grupos de alto risco, mas não permitem que os especialistas estimem de forma precisa um número geral, nacional. Esses locais são administrados pelo setor de saúde do governo. Lá, é também para onde vão as pessoas mais pobres, as mais afetadas pelo vírus HIV, empurrando as estatísticas para cima.
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