As enfermidades cardiovasculares ocupam o primeiro lugar no ranking de causas de morte no Brasil. Avanços no tratamento, bem como nas cirurgias, entretanto, podem ser o diferencial entre a vida e a morte de um paciente. Essas doenças estão ligadas a um processo obstrutivo da circulação no corpo, a aterosclerose sistêmica.
Em geral, essa obstrução atinge as artérias do coração, mas pode também acometer outras regiões do corpo. Em muitos casos, a cirurgia era a única opção para pacientes em situação crítica. Com a evolução das técnicas, contudo, os pacientes podem ser submetidos a intervenções coronarianas que têm como vantagem o fato de não ser necessário abrir o peito do paciente, o que traz uma série de benefícios — uma recuperação mais rápida, por exemplo.
Além da melhoria tecnológica dos aparelhos de alta resolução de imagens, houve crescente desenvolvimento de balões, stents e cateteres especiais. Um dos avanços são os stents farmacológicos, uma espécie de mola que se coloca nas artérias para desobstruí-las.
A vantagem desse modelo de prótese é que vem acompanhado de medicamento que impede reestenose (reobstrução do vaso). Seu uso permite o tratamento do doente agudo em um centro de hemodinâmica, com vários benefícios em relação a uma cirurgia, inclusive o tempo de internação — que, no processo de intervenção, varia de 24 a 48 horas, enquanto, na cirurgia, o paciente pode ficar mais de uma semana no hospital.
Fonte: Correio Braziliense