
No primeiro mês do ano, janeiro, temos o costume de refletir sobre o sentido e o propósito da nossa vida, nossas emoções, sentimentos, comportamentos e desafios. E foi considerando tudo isso que o mês de janeiro foi escolhido para representar o mês da saúde mental no Brasil, com a campanha “Janeiro Branco”, cujo objetivo de gerar uma abordagem mais direta, para estimular a conscientização sobre a importância de prevenir os danos emocionais às pessoas, pois a alta de atenção com o emocional pode influenciar o aparecimento de outros males físicos e psicológicos.
De acordo com estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo (9,3%) e o segundo maior das Américas em depressão (5,8%). A saúde mental representa mais de 1/3 da incapacidade total no mundo, com transtornos depressivos e ansiosos como maiores causas – os quais respondem, respectivamente, pela 5ª e 6ª causas de anos de vida vividos com incapacidade no Brasil. Ainda segundo a OPAS, entre 35% e 50% das pessoas com transtornos mentais em países de alta renda não recebem tratamento adequado e, nos países de baixa e média renda, o percentual é ainda maior, ficando entre 76% e 85%.
Fatores que influenciam o impacto psicossocial estão relacionados à magnitude da epidemia atual e ao grau de vulnerabilidade em que a pessoa se encontra no momento. Entretanto, nem todos os problemas psicológicos e sociais apresentados poderão ser qualificados como doenças. A maioria será classificada como reações normais diante de uma situação anormal. Reações comuns diante deste contexto englobam sentimento de impotência e desamparo perante os acontecimentos, solidão, irritabilidade, angústia, tristeza e raiva.
Entre as recomendações para o enfrentamento dos desafios da saúde mental estão: Investir em exercícios e ações que auxiliem na redução do nível de estresse agudo, entre os quais meditação, leitura, exercícios de respiração, artesanato; estimular ações compartilhadas de cuidado, evocando a sensação de pertencimento social, como as ações solidárias e de cuidado familiar e comunitário; manter ativa a rede socioafetiva, estabelecendo contato, mesmo que virtual, com familiares, amigos e colegas; evite o uso do cigarro, álcool ou outras drogas para lidar com as emoções; busque um profissional de saúde quando as estratégias utilizadas não estiverem sendo suficientes para sua estabilização emocional. Em caso de sofrimento intenso, a procura por uma ajuda especializada é primordial