Uma bactéria chamada H. pylori é apontada como causa de 90% ou mais das úlceras duodenais. E já há tratamentos eficazes para isso. No Jornal do Piauí desta sexta-feira (7), o gastroenterologista Eurípides Soares tirou dúvidas dos telespectadores sobre o problema.
Hoje o paciente tem que fazer o teste da presença da bactéria", diz o especialista, explicando que o tratamento é feito com antibióticos. Casos de úlcera podem ser tratados até com dieta. Porém, se a H. pylori permanecer no organismo, o problema pode retornar.
A sensação de queimação é um dos principais sintomas do problema. "Normalmente o que mais incomoda é a dor. É uma dor típica, você tem aquela sensação de vazio", explica. "Dá para confundir muito a dor da úlcera com a gastrite, apesar da gastrite ser mais permanente. A úlcera tem um período de alívio e um período de dor. Ela segue um ciclo".
A gastrite é uma inflamação das paredes internas do estômago. Já a úlcera é uma ferida, que pode ser provocada pelo excesso de acidez no organismo.
A presença da bactéria pode ser detectada com o exame de endoscopia. Porém, o médico alerta que é preciso observar bem onde será feito o exame. Em casos de limpeza inadequada, o teste pode transmitir novas doenças - a endoscopia impede que o paciente doe sangue por seis meses.
Doutor Eurípides também explicou dúvidas sobre o refluxo. "O refluxo é uma coisa natural. O refluxo é normal. Se você não tivesse refluxo, voce não vomitaria. Agora é um problema quando esse refluxo vem acompanhado de secreção ácida, que queima".