Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), a pandemia do coronavírus fez muitos pais se esquecerem ou adiarem a vacinação de seus filhos contra outras doenças preocupantes, como a meningite, problema que tem um risco alto de morte, de até de 20%, e deixa sequelas duradouras em 25% dos casos.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos - terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo – comprovam as informações da Sbim. O Ipsos investigou, no período de 19 de janeiro e 16 de fevereiro de 2021, 4.962 pais e responsáveis em oito países, incluindo o Brasil, e constatou que 50% adiaram ou não comparecerem na data prevista para aplicar a imunização contra a doença meningocócica nas crianças.
No Piauí, assim como no restante do Brasil, os resultados mostram que as medidas de isolamento social durante a pandemia foram a principal razão para o atraso ou cancelamento da vacinação contra meningite meningocócica.
Alerta sobre a meningite
A médica infectologista, Drª. Rosania Oliveira alerta sobre os riscos da doença e alerta para cuidados com os sintomas que são muitos parecidos com os da Covid. “No momento se fala muito em Covid-19, mas é preciso dar atenção a Meningite, inflamação provocada principalmente por bactérias e vírus nas meninges, membranas de tecido conjuntivo que envolvem o cérebro e a medula espinhal”.
A doença é bastante contagiosa e pode deixar sequelas como surdez, dificuldade de aprendizagem, crises de epilepsia e comprometimento cerebral. “A Meningite Meningocócica é transmitida por gotículas respiratórias, associadas também as aglomerações. É considerada uma doença grave e até fatal”, confirma Drª Rosania.
A infectologista informa que os sintomas iniciais mais comuns de meningite são febre de início súbito, dor de cabeça, rigidez do pescoço, mal-estar, náusea, vômito, sensibilidade à luz, crises convulsivas e, em alguns casos, manchas vermelhas na pele. “Esses sintomas podem acontecer tanto em adultos quanto em adolescentes e crianças, mas a atenção precisa ser redobrada, quando os sintomas acontecem em crianças menores, principalmente as que ainda não falam”, diz.
A principal forma de prevenção é a vacinação. A Organização Mundial da Saúde, recomendam que as vacinas de rotina continuem a ser administradas mesmo no período de isolamento social. No Piauí, o Hospital São Marcos possui um posto de vacinação para que os papais e mamães mantenham as vacinas em dia e preservem a saúde de seus filhos.
*Confira a entrevista em vídeo com a médica infectologista Rosania Oliveira
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Mais informações
Claudia Bezerra – Assessoria de Comunicação do HSM (86) 9437 3913