No dia 9 de dezembro é comemorado o dia do fonoaudiólogo. Este profissional atua de forma autônoma e independente nos setores público e privado. É responsável pela promoção da saúde, prevenção, avaliação e diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação) e aperfeiçoamento dos aspectos fonoaudiológicos da função auditiva periférica e central, da função vestibular, da linguagem oral e escrita, da voz, da fluência, da articulação da fala e dos sistemas miofuncional, orofacial, cervical e de deglutição. Exerce também atividades de ensino, pesquisa e administrativas.
Este profissional é atuante em unidades básicas de saúde, ambulatórios de especialidades, hospitais e maternidades, consultórios, clínicas, home care, domicílios, asilos e casas de saúde, creches e berçários, escolas regulares e especiais, instituições de ensino superior, empresas, veículos de comunicação (rádio, TV e teatro) e associações.
Cinco especialidades são hoje reconhecidas pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia: Audiologia (por meio da audição é que se adquire, normalmente, a comunicação oral), linguagem (especialidade que trabalha com os aspectos que envolvem a comunicação oral e escrita), motricidade (o fonoaudiólogo habilita/reabilita funções relacionadas a respiração, sucção, mastigação, deglutição, expressão facial e articulação da fala, propiciando melhores condições de vida e de comunicação), saúde coletiva ( é voltado a construir estratégias de planejamento e gestão em saúde, no campo fonoaudiológico) e voz (representa a identidade do indivíduo, pois expressa seus sentimentos).
Qual é a origem da profissão?
A Fonoaudiologia é uma ciência estudada de forma sistemática nas universidades em mais de uma centena de países do mundo e existe formalmente há mais de um século. A primeira referência formal é de 1900, quando a Hungria reconheceu a profissão e criou a primeira faculdade de Fonoaudiologia no mundo.
No Brasil, sua história é ainda mais antiga, se considerada a sua associação com a da Educação Especial. A primeira marca identificatória da profissão é da época do Império, com a criação, em 1854, do Imperial Colégio, voltado para meninos cegos (hoje, Instituto Benjamim Constant), seguido, no ano seguinte, com a criação do Colégio Nacional, destinado ao ensino dos deficientes auditivos. Em 1912, documentos comprovavam que a Fonoaudiologia já se diferenciava da educação especial, com o início de pesquisas específicas, relacionadas aos distúrbios da voz e da fala, e com a implantação de cursos de orientação a professores.