Reunião Clinica mostra a relação entre obesidade e câncer de mama
Publicada em:
Ontem, dia 19, ocorreu a reunião clinica do Centro de Estudos do Hospital São Marcos, com o tema: obesidade e câncer de mama com o médico do hospital André Luiz Gonçalves. Segundo o médico, As mulheres que ganham peso excessivo já na vida adulta e chegam obesas à menopausa têm risco de desenvolver a doença de 1,5 a 2 vezes maior. A obesidade está associada a um processo inflamatório subclínico instalado no interior do tecido gorduroso. O estado inflamatório crônico resultante contribui para o aparecimento de resistência à insulina e para a proliferação e progressão de células malignas. Moléculas pró-inflamatórias produzidas nos acúmulos de tecido adiposo, inclusive naqueles localizados na própria mama, criam um meio fértil para a multiplicação celular. Além desses fatores que atuam na resposta inflamatória, os adipócitos secretam moléculas conhecidas como adipocinas, entre as quais a leptina e a adiponectina, que estão ligadas ao controle dos mecanismos de fome e saciedade. Na circulação sanguínea de pessoas obesas, os níveis de leptina estão mais elevados e os de adiponectina mais baixos, perfil bioquímico que favorece a formação de metástases e a progressão da doença. Além do mais, em obesos, existem algumas mudanças fisiológicas capazes de alterar a distribuição e eliminação das drogas. Dentre elas,destacam-se: o aumento do volume sangüíneo, do débitocardíaco, da massa magra, do tamanho dos órgãos, dotecido adiposo do volume de distribuição de drogas lipossolúveis, da filtração glomerular, da secreção tubulare mudanças nas concentraçõesde proteínas plasmáticas carreadoras de drogas, podendo desta forma afetar a concentração da droga livre. Em resumo: em pessoas fora do peso ideal, a droga utilizada na quimioterapia não pode surtir efeito, devendo ser aumentada sua dose, o que acaba sendo prejudicial ao organismo. “É importante o controle do peso e da alimentação saudável. Estudos mostram que mulheres que praticam pelo menos quatro horas de atividade física semanal durante os anos de vida reprodutiva têm risco 60% mais baixo de desenvolver câncer de mama do que as sedentárias. Nas que já atingiram a menopausa, a prática de exercício físico ambém reduz a incidência dessa enfermidade por causar diminuição dos níveis de estrógeno e da massa gordurosa”, afirmou o médico.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse.
Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Para saber mais acesse nossa
Política de Privacidade e Uso de Cookies