Cientistas europeus estão desenvolvendo roupas que, segundo eles, serão capazes de monitorar a saúde de quem está usando os tecidos. Os "tecidos inteligentes" contêm sensores embutidos projetados para monitorar fluidos corporais como sangue e suor. A pesquisa foi divulgada na revista especializada The Engineer. O objetivo é usar as roupas para fazer exames em grupos como pacientes de hospitais em fase de recuperação, pessoas com doenças crônicas e atletas contundidos. O programa Biotex, custeado em parte pela União Européia, envolve pesquisadores de oito instituições. Um protótipo está quase pronto. E o próximo passo será o teste do tecido experimental em voluntários. Suor "Sensores foram construídos e testados em laboratório. Começamos a integração destes sensores em pedaços de tecido", disse o coordenador de projeto Jean Luprano, da companhia de tecnologia suíça CSEM. "Em breve, teremos um tecido que vai permitir a percepção de vários elementos em paralelo", acrescentou. A primeira versão do sensor embutido em tecido será capaz de monitorar o suor tomando as medidas de elementos como acidez, salinidade e taxa de transpiração. Os cientistas esperam que a tecnologia também seja capaz de monitorar os sinais vitais do corpo, analisar o progresso na cura de ferimentos e detectar doenças e infecções ainda no estágio inicial, apontando anormalidades no metabolismo. Luprano destaca que a tecnologia não tem o objetivo de substituir os métodos tradicionais de diagnóstico médico. Mas, segundo o cientista, quando o paciente está longe de uma clínica, estes métodos geralmente não são os mais práticos para a coleta de informações. "Nestes casos, sistemas de monitoramento que podem ser usados, mesmo sendo menos precisos, poderão ajudar os médicos a conseguir mais informações, que não teriam se o paciente estivesse fora do hospital", afirmou. Mark Outhwaite, presidente de um grupo especializado da Sociedade Britânica de Computação, que trabalha com informática e medicina à distância, diz que os sensores serão úteis aos médicos apenas se fornecerem informação confiável e muito precisa. Segundo Outhwaite, informações que identificam tendências e não números absolutos podem ter mais utilidade no monitoramento de desempenho esportivo, mas não podem necessariamente serem usadas como informação para importantes decisões médicas.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse.
Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Para saber mais acesse nossa
Política de Privacidade e Uso de Cookies