Ontem, 27, foi dia de festa para as crianças em tratamento oncológico na Associação Piauiense de Combate ao Câncer – Hospital São Marcos (APCC/HSM) com o “Carnaval da Chandelly”. A drag queen Chandelly Kidmann com ajuda de amigos, parceiros, voluntários e funcionários do hospital transforma o dia em uma verdadeira festa carnavalesca, que já virou tradição para as crianças e seus familiares.
“O projeto começou quando minha avó teve câncer em 2015. Eu fiquei muito triste porque é uma doença que afeta não só o paciente, mas toda a família. Ela fez todo tratamento aqui no hospital e uma vez, vim acompanhá-la numa sessão de quimioterapia e sentir a necessidade de fazer algo artístico para os pacientes. Sentir que eles precisavam de alguma diversão” informa Chandelly.
Para Chandelly, a rotina de um hospital é muito cansativa e dolorosa. “Quando o tratamento da minha avó terminou e, deu tudo certo, eu continuei o trabalho. Trabalho este, que deu sentido a minha vida e me mantem vivo, pois sinto que vivemos em mundo extremamente capitalista, racista, homofóbico e violento. Portanto, quando venho pra cá, me sinto útil como ser humano e a cada vez, me faz querer ajudar mais pessoas. As relações de empatia e amor eu consigo neste hospital com pessoas que nem me conhecem”, fala Chandelly.
Sobre o Carnaval Chandelly diz que sempre faz uma bagunça maior e mais animada que nas outras datas. “Hoje a festa é inspirada no Show da Xuxa, com muito colorido e brincadeiras lúdicas”. A iniciativa, organizada pelo artista Dackson Mikael Rodrigues desperta a alegria e estimula a liberação de hormônios saudáveis, importantes para ajudar a combater a doença.
A enfermeira Ana Carolina fala sobre a importância de despertar alegria nos pacientes mirins. “O primeiro impacto das crianças diagnosticadas com câncer é hospitalização. Essas crianças são retiradas de casa, da escola, do convívio da família e muitas vezes nem sabem o que está acontecendo direito. Então é importante sair um pouco desse mundo do hospital, de medicação e internação e viver essa experiência lúdica. É importante se divertir com brincadeiras, joguinhos, seção de cinema, tudo isso é bom para quebrar a rotina do hospital. Acredito que o sorriso, a alegria libera muitos homônimos bons para o restabelecimento da saúde de todos”, diz.
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