ARTIGO POR DRAUZIO VARELLA
Pessoas que têm ou tiveram câncer costumam fazer uso de suplementos nutricionais. As razões são variadas: prescrição médica, indicações de parentes e amigos, esperança de melhora dos sintomas, da qualidade de vida e das chances de cura.
Os suplementos mais comuns costumam conter o abecedário de vitaminas, sais minerais, aminoácidos e extratos de plantas. Inquéritos internacionais mostraram que o consumo é mais frequente em mulheres com câncer de mama, e mais raro nos portadores de câncer de próstata.
Infelizmente, os estudos prospectivos e randomizados de acordo com critérios científicos rígidos, sugerem que nenhum suplemento nutricional melhora o prognóstico ou a sobrevida nos casos de câncer. Pelo contrário, alguns deles levantaram a suspeita de que os suplementos aumentariam a mortalidade provocada pela doença.
(...)
Em dois grandes estudos observacionais, o uso de diversos suplementos nutricionais ou multivitaminas em mulheres com câncer de mama em fase inicial, não diminuiu o número de recidivas nem a mortalidade por disseminação da doença ou outras causas. Achados semelhantes foram relatados com a administração de multivitaminas nos casos de câncer de cólon em estádio inicial.
(...)
Esses dados falam contra as condutas antiquadas de receitar aleatoriamente suplementos para pacientes com neoplasias malignas. Embora, pessoas com deficiências específicas possam se beneficiar da suplementação, aqueles bem nutridos não colherão benefícios e podem ser prejudicados.
A orientação da Sociedade Americana de Oncologia Clínica é clara: “Antes que os suplementos sejam prescritos e administrados, deve ser feito todo o esforço para que os nutrientes necessários sejam obtidos por meio da alimentação”.
Leia esse artigo completo no site: https://goo.gl/4MwcLU