A teoria mais aceita até hoje sobre como o vírus HIV ataca o sistema imunológico do corpo está equivocada, afirma um novo estudo publicado na mais recente edição da revista médica PLoS Medicine. Os cientistas acreditavam há tempos que o HIV (o vírus da imunodeficiência humana, causador da aids) leva à deterioração gradual dos glóbulos brancos ou linfócitos - células responsáveis por identificar infecções para que o corpo possa combatê-las -, fazendo com que produzam cópias do vírus e morram. Este ciclo contínuo de infecção, produção do HIV, reinfecção e destruição celular foi batizada de hipótese "fugitiva". Mas, de acordo com os pesquisadores, se isso de fato ocorresse, os linfócitos seriam eliminados por completo muito mais rápido. Utilizando um modelo matemático simples, cientistas americanos e britânicos demonstraram que a hipótese "fugitiva" implicaria a destruição das células brancas em questão de meses, em vez de anos, como ocorre nos pacientes portadores do HIV. Os resultados mostram que um "lento processo deve ocasionar" a deterioração dos linfócitos, segundo os autores do estudo. Identificar este processo "trará uma nova visão para a natureza da doença causada pelo vírus HIV e irá indicar novas abordagens terapêuticas", concluíram. Uma explicação para o processo ser devagar poderia ser o fato de que o vírus se adapta lentamente ao longo da infecção.
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