Saber se o bebê será menino ou menina pode se tornar possível com apenas seis semanas de gravidez, graças a um novo teste comercializado no Reino Unido, que recebeu as críticas de grupos pró-vida que consideram que o número de abortos pode aumentar. O teste, conhecido como "Rosa ou Azul", é comercializado pela empresa britânica DNA Worldwide e pode ser comprado pela Internet a 277 euros, se os futuros pais esperarem seis dias para saber o resultado, e a 350 euros se quiserem saber o sexo do bebê em quatro dias. A companhia, com sede em Surrey, no sul de Londres, assegura que o teste, que analisa o DNA do feto que passa para o fluxo sanguíneo da mãe, tem 99% de precisão, e promete devolver o dinheiro se o resultado não estiver correto. A DNA Worldwide, que oferece seus produtos em todo o mundo, exceto na Índia e na China, onde há uma grande preferência por meninos, assegura que o teste é uma das descobertas "mais emocionantes" das últimas pesquisas genéticas. Mas os grupos pró-vida, como o britânico ProLife Alliance, não estão tão contentes com a idéia. "Há um risco real de que alguma pessoa decida abortar se o bebê for de um sexo determinado", afirmou hoje à agência Efe Julia Millington, porta-voz da associação. Para a ProLife Alliance, é "inevitável" que o teste cause um aumento nas taxas de aborto. Esta não foi a única crítica que a iniciativa recebeu, já que o Colégio de Obstetras e Ginecologistas do Reino Unido considera que a precisão do teste não está comprovada. O teste se baseia em métodos desenvolvidos por especialistas italianos, que publicaram sua pesquisa na revista Human Genetics de 2005. Segundo os cientistas, o cromossomo masculino Y pode ser identificado de forma fidedigna no fluxo sanguíneo da mãe com apenas seis semanas de gestação, o que indicaria que o futuro feto é um menino. Caso o cromossomo não seja identificado, o bebê é uma menina.
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