Cientistas demonstraram que é possível aplicar o tratamento de genes ao cérebro, pelo menos em ratos, mediante injeções intravenosas, o que abre portas para tratamentos não agressivos das doenças neurais, publica hoje na Internet a revista britânica Nature. A introdução de qualquer tipo de fármaco no cérebro pode gerar problemas, já que a barreira sangüínea age como barricada e impede a entrada de remédios. Em um experimento com ratos, o cientista Manjunath N. Swamy e um grupo de colegas do Instituto para a Pesquisa Biomédica de Boston, Estados Unidos, percebem que, ao injetar pequenos fragmentos de ácido ribonucleico (RNA) junto a um complexo de proteína virótica no fluxo sangüíneo de ratos infectados com uma doença mortal de encefalite, o complexo proteínico de RNA chegava ao cérebro. As proteínas fixam as células neuronais, dando passagem ao RNA, que é absorvido e pode desativar genes-chave, mediante um processo conhecido como interferência do RNA. Após o experimento, os especialistas detectaram que 80% dos roedores tratados sobreviviam à doença, enquanto os ratos que não receberam o tratamento morreram. Apesar de advertirem para a necessidade de aperfeiçoar o método, os cientistas dizem que a técnica poderia oferecer uma forma útil de levar ácidos nucleicos e fármacos de moléculas pequenas ao cérebro.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse.
Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Para saber mais acesse nossa
Política de Privacidade e Uso de Cookies