Imunoterapia A possibilidade do sistema imunológico ser utilizado para destruir as células neoplásicas sempre foi vista como uma possibilidade muito interessante. Nos últimos anos, a imunologia tem feito novas descobertas impressionantes. O tratamento imunoterápico do câncer se baseia na ativação do sistema imune contra a célula maligna. Ela produz alguns tipos de proteínas que passariam a ser reconhecidas pelas células de defesa do organismo. Haveria então a destruição das células do tumor. Há várias formas de se estimular o organismo a atacar as células neoplásicas. Inespecificamente, através da inoculação de bactérias (por exemplo, a BCG) pouco ativas para produzir doença, mas ativas o suficiente para evocar uma severa reação inflamatória, tornando as células de defesa mais agressivas. Funciona bem se aplicarmos localmente, no tumor. Há ainda outras propostas, como a produção de anticorpos monoclonais, contra proteínas específicas, encontradas nas paredes das células neoplásicas. Estes anticorpos ajudariam o sistema imune a reconhecer as células neoplásicas como estranhas. Poderiam também, carregar consigo toxinas que atingiriam apenas as células com aquela proteína, no caso, as células do câncer. Há também a possibilidade das vacinas, onde se separam antígenos específicos da célula tumoral, e se reinjetam no paciente, que teria seu sistema imune ativado (como já é feito com vírus e bactérias, atualmente). Ainda outra possibilidade, que está em estudo, é a produção de linfócitos por engenharia genética, que levariam à destruição das células tumorais. Estes linfócitos seriam retirados do próprio paciente, o que tornaria o tratamento mais específico. Alvos Moleculares da Terapia do Câncer Tratar o câncer a nível molecular envolve o reparo do DNA alterado, desligar proteínas-chave no crescimento celular, e aumentar a sensibilidade das células tumorais às terapias convencionais, como a radioterapia. Neste campo entram os estudos sobre ciclo celular, e proteínas relacionadas com a regulação do crescimento e multiplicação celular. O gene p53 é o mais conhecido supressor tumoral. Ele encontra-se alterado em aproximadamente 50% dos cânceres. Encontrar alguma maneira de corrigi-lo seria uma forma inteligente de bloquear o câncer, pois ele levaria as células à autodestruição (apoptose). Além do p53 há vários outros genes envolvidos, e os estudos são promissores. A perda da senescência (envelhecimento) das células tumorais é outro ponto que pode ser tratado. Os inibidores da telomerase, que é uma enzima que dá uma espécie de "rejuvenescimento" à célula, são potenciais novas armas contra o câncer. Inibidores de proteínas que ativam o crescimento celular também são potenciais armas poderosas no combate ao câncer, assim como inibidores de proteínas que ajudam as células tumorais a quebrar a estrutura normal do tecido, fazendo invasão e metástases (proteases e colagenases). Antiangiogênese Os inibidores de angiogênese têm também alvos moleculares. Eles levariam as células tumorais à morte por falta de nutrientes, pois bloqueariam a produção de vasos sangüíneos, essenciais para levar o sangue com os nutrientes ao tumor. As células tumorais produzem substâncias que fazem os vasos sangüíneos crescerem, para aumentar o fluxo de sangue no local, levando oxigênio e nutrientes. As novas drogas seriam bloqueadoras dessas substâncias produzidas pelos tumores. Vários estudos ainda estão sendo feitos, sendo a antiangiogênese uma das grandes esperanças no combate ao câncer. Primeiro: Antes do tratamento, com a irrigação sangüínea normal Depois: Com a irrigação sangüínea bloqueada, o tumor diminui de tamanho Aplicação dos Tratamentos Existe uma ansiedade muito grande em relação à aplicabilidade dos novos tratamentos, na expectativa de se encontrar a cura definitiva das neoplasias.É importante lembrar que os tratamentos citados são na grande maioria das vezes con
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