Os eurodeputados aprovaram nesta quarta-feira, em Estrasburgo, na França, a harmonização das autorizações para terapias genéticas e celulares e a reconstrução de tecidos humanos no conjunto da União Européia (UE). O texto cria um procedimento único de autorização no mercado da UE, que libera os produtores dessas terapias de iniciar procedimentos nacionais em cada Estado membro do bloco. Até agora existia um vazio jurídico sobre as terapias de nova geração, por exemplo, as vinculadas com a engenharia genética, que permitem reconstruir ou substituir os tecidos humanos. De qualquer forma, a legislação estipula de forma explícita que cada país continuará sendo livre para proibir ou autorizar certas práticas, como a pesquisa com células embrionárias, em função de suas escolhas éticas. O texto foi aprovado apesar da feroz oposição dos eurodeputados da Itália, da Alemanha e dos países do leste, que queriam excluir do regulamento as terapias sensíveis de um ponto de vista ético. O compromisso adotado poderá entrar em vigor rapidamente, porque já foi objeto de um consenso com os representantes dos 27 Estados-membros. Sua adoção põe um fim a duras disputas no Parlamento europeu entre os deputados defensores dos interesses da pesquisa e dos pacientes e os defensores de restrições éticas. O texto "não oferece suficientes garantias" aos países-membros partidários da proibição das experiências com células embrionárias e "banaliza" essas práticas, denunciou neste sentido a eurodeputada ecologista alemã Hiltrud Breyer.
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