Vacinas infantis estariam causando autismo nos EUA
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Em um caso sem precedentes, 5 mil famílias americanas foram a um tribunal dos Estados Unidos nesta segunda-feira para tentar provar a ligação entre o aumento do número de casos de autismo e as vacinas pediátricas, contrariando estudos médicos que afirmam o contrário. Cerca de 20 especialistas irão testemunhar no caso, que pode durar até um ano, enquanto o grupo de famílias procura convencer a Justiça de que as vacinas podem desencadear problemas no desenvolvimento de crianças saudáveis. As causas do autismo, que atualmente atinge uma em cada 150 crianças nos Estados Unidos, ainda não foram determinadas pela ciência, e uma série de pesquisas excluem as vacinas infantis como possíveis culpadas. Entretanto, muitos pais estão convencidos de que, de algum modo, vacinas pediátricas - particularmente a Tríplice, contra sarampo, caxumba e rubéola - sejam o motivo do grande aumento de casos da doença ao longo dos últimos vinte anos nos Estados Unidos. Os pais de Michelle Cedillo, que tomou a Tríplice com 15 meses de vida e sofre de autismo severo, estão entre as famílias que lutam para convencer os três juízes do tribunal. Uma semana depois de ter tomado a vacina, a pequena Michelle desenvolvou um quadro de febre alta e deixou de falar as primeiras e ainda poucas palavras que havia aprendido. "Não sou cientista. Não sou médico", disse Theresa Cedillo ao jornal Washington Post. "Queremos nos concentrar em Michelle e descobrir o que aconteceu com ela, ajudá-la como ela precisa", acrescentou. O grupo de pais pede indenizações do National Vaccine Injury Compensation Program, mas não é o peso das evidências científicas que irá determinar a decisão do tribunal, mas sim um argumento legal que comprove a plausibilidade da causa. De acordo com o Centro Nacional para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a vitória dessas famílias poderia ter repercussão mundial, provocando pânico entre pais e fazendo com que se recusem a vacinar suas crianças.
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